Sílabas da vida
Andávamos pela calçada, livremente, sem ter certeza do que poderíamos viver.
Raios de luz se fizeram presentes em nossas vidas.
Não era o que pensávamos.
Não era o que sentíamos.
Não era o que sonhávamos.
Mas a fina areia que sustenta o relógio do tempo rapidamente correu incólume.
Nuvens e sombras se fizeram presentes em nossas vidas.
Não era o que pensávamos.
Não era o que sentíamos.
Não era o que sonhávamos.
E quando se fez noite, esta veio de forma intensa e tenebrosa.
Nada ficou de pé, castelos de cartas ruíram.
Não era o que pensávamos.
Não era o que sentíamos.
Não era o que sonhávamos.
Era o que temíamos.
Nos proparoxítonos dos tempos, a escuridão.
Nos paroxítonos das vidas, o silêncio.
Nos oxítonos da alma, o fim.
Luis Renato da Silveira Costa
Enviado por Luis Renato da Silveira Costa em 18/04/2024